segunda-feira, 12 de maio de 2008

Bratislava & Salzburgo

Chegamos a Bratislava sabado a noite, perto das 21.

"Bratislava, o segredo mais bem guardado da Europa." Este era o título de um artigo publicado recentemente sobre a capital da Eslováquia e que reflecte inteiramente a verdade. Para confirmar, basta fazer-lhe uma visita e descobrir esta cidade do coração da Europa central. Não é difícil chegar lá para quem vai de Portugal e o primeiro encontro com a cidade mostra logo que estamos num país onde a confusão está longe de dominar a vida. A calma do aeroporto antecipa a paz que nos espera em Bratislava.

Chegados ao centro da cidade, as opções são muitas e dão para ocupar uma meia dúzia de dias sem qualquer dificuldade. Apesar de a sua posição no mapa ser bastante excêntrica - num dos extremos do território - fica fácil explorar o resto do país, pois o ponto mais distante dista menos de 500 quilómetros. E não faltam destinos que mereçam a atenção do turista, devido às suas tradições e história. É o caso de Pezinok e Modra (a 20 km), onde a produção de cerâmicas e a existência de grandes vinhedos podem ser um bom apelo para se passar um dia; desfrutar na localidade de Piestany do seu famoso spa; conhecer a cidade histórica de Trnava; ou efectuar um curioso roteiro pelos vários castelos vizinhos, com paragem obrigatória no de Cerveny Kamen, no de Smolenice e no de Devin, sobre o leito do Danúbio.

Indo um pouco mais longe, os amantes do alpinismo ou das caminhadas têm a possibilidade de percorrer os montes Tatra, cujos trilhos são procurados por bastantes aventureiros do resto da Europa. Esta é uma direcção que vale a pena tomar, pois é, também, a forma de conhecer o país bucólico que domina o território para Oriente e a hipótese de conviver com uma população muito católica - vale a pena reparar nos cruzeiros espalhados pelas estradas interiores - e tradições menos divulgadas.

Refira-se que Bratislava também pode ser o centro de um amplo passeio pelos países com que faz fronteira, seja como passageiros dos barcos que utilizam o próprio rio Danúbio, seja apanhando um autocarro ou o comboio. É o caso de Budapeste, Viena e Praga, entre outras cidades da Europa central.

Além da beleza própria da cidade, Bratislava tem ainda outro grande trunfo que justifica plenamente uma visita atenta e demorada um óptimo custo de vida. Viver Bratislava não é nada caro quando comparado com a vizinha Praga e não lhe falta toda uma estrutura de apoios para garantir uma boa estadia. Designadamente no que respeita à gastronomia, pois o centro histórico tem uma quantidade de cafés e restaurantes com esplanadas que torna difícil a sua escolha. Há-os de todos os géneros e qualquer que seja o tipo de cozinha que apeteça ao viajante existirá uma sala onde a pode provar. Se o desejo recair sobre a comida tradicional eslovaca, a picante mexicana, a italiana, a francesa ou qualquer outra, há sempre uma cozinha especializada e uma mesa para as degustar. Com o benefício de o centro histórico estar fechado ao trânsito e se poder circular sem qualquer preocupação, a não ser a de andar distraído e a satisfazer o olhar perante a paisagem de edifícios antigos, passagens entre prédios, praças e montras. Quando o frio aperta no Outono, os cafés põem mantas à disposição dos clientes que optaram pelas esplanadas.

A poucos metros do centro histórico, entre as montanhas e o Danúbio, estão todos os principais pontos de interesse da cidade.



Esperamos pelos restantes colegas e fomos à descoberta do Hostel.

Azar dos azares, as folhas tinham ficado no carro, na Austria.. Ninguem se lembrava do nome da rua nem da pensao... estavamos tramados.

A nossa sorte foi mesmo termos net nos tlm e conseguirmos aceder ao mail para consultar.

Bratislava parece vazia, destruido, cinzenta, pelo menos por onde andavamos.

La demos com o hostel, ficava no cimo duma colina, mas a vista era altamente.

2 quartos para os 6 com WCs comuns.

Fiquei com o Little e o Manelito num dos quartos, ou outros, Jonh Ciante, Daliquente, Juanito Boroviska ficaram no outro.

Era tarde e a fome apertava.

O recepcionista do Hostel disse-nos que podia cozinhar para nós. Ementa: Cordon Blue. Mas o meu estava mal passado demais.

Resolvemos ir sair.. Eu estava de rastos mas ja na noite anterior tinha ido para casa e era sabado a noite, provavelmente a noite seguinte seria mais calma por isso resolvi sair.

La fomos nós tentar descobrir o centro, apos andarmos bastante la encontramos uma zona animada.

Primeiro bar onde paramos: Havana Club, resumindo, Las Vacas II. O som, ja se sabe e segundo os meninos, bem pior do que os Las Vacas I. Pedi uma morangoska para ver se animava.

Resolvemos mudar de sitio.. queriamos outro tipo de bar/som, mais rock ou disco.

Perguntamos e nao havia!! Segundo uma cliente do dito bar, em Bratislava so havia bares com aquele tipo de musica. Nao acreditamos, claro.

Fomos dar uma volta à procura de outros bares, mas a noite estava calma ou entao nao estavamos na zona certa. Resolvemos voltar para tras e entramos no bar em frente ao Las Vacas II, surpresa.. som pop/rock, quem diria, era algo deste genero que procuravamos e que a outra disse nao haver!!! Croma.

La fomos nos ao bar mas apenas bebemos uma bebida, o ambiente estava estranho, um tanto ao quanto gay e queriamos era sair dali.

Ainda era cedo e a noite nao podia terminar ali.. apos mais uma volta e uma tampa porque alguem nao gosta de espanhois... sim, chamaram-nos espanhois!!!

La continuamos a caminhar na esperança de encontrar algo.

A noite estava deserta, mas ouviamos som vindo de algum lado.. Fomos espreitar. Era uma especie de loja tranformada em Bar e la dentro havia musica, rock por sinal e 15 pessoas la dentro...

Era um balcao improvisado, umas colunas manhosas, e som de giradiscos a tocar.

Entramos, invadimos o espaço e abancamos. Vieram logo receber-nos com shots de Gin. Era uma festa de New Drama, teatro alternativo.

O sitio estava cada vez mais vazio, mas nos estavamos animados.. entre vodkas, gins e vinhos tintos la fomos animando ao som de rock.

Eu ja ria e doors animou-me ainda mais o espirito.

Ate um biombo ia derrubando, mas a causa foi boa ;) Valeu e pena ;)

A musica terminou e chegou a hora de ir embora... ja era quase dia, ninguem queria ir para casa e durante o caminho as aventuras ainda foram mais que muitas... desde tentarmos retirar trancas de carros (aquelas da Emel) ate termos "tirado" fotos com reliquias eslovacas!

A noite tinha terminado e so nos restava voltar a casa e recuperar energias para o dia seguinte. Isto se queriamos ver a cidade com outros olhos.


Acordamos tarde, o quarto estava super quente. as pernas doiam, mas ficar em casa o dia todo estava fora de questao!!

La ganhamos forças e fomos passear.

Rumamos ao centro, a mesma zona da noite anterior e fomos explorando. Mas o importante mesmo era encontrar um sitio agradavel onde comer e de preferencia comida simples.

La andamos e la escolhemos um.

A cidade estava bastante cheia de gente, bem ao contrario da noite anterior. Outra coisa engraçada é que a cidade esta cheia de estatuetas, cada uma com sua historia mas nao as sei todas.

Depois de almoçar fomos dar uma volta ao Castelo de Devin. Muito giro por sinal, afastado da cidade e com uma vista fenomenal.















Estavamos cansadissimos e os nossos pes nao aguentavam mais, mas o passeio valeu a pena.

Regressamos de novo a cidade a fim de jantar com uns colegas da empresa que eram de Bratislava, queriamos um restaurante tipico...















Comemos algo como queijo fumado.. sim, bue estranho, pareciam rolinhos de pao mas sabia algo a presunto mas nao era o nosso presunto... mas era fumado.. Estava bastante bom.

Nao tinha ainda parado um pouco, nem ao Hostel tinha regressado desde "manha", mas ainda assim fomos beber um copo..

Queriamos animaçao mas a cidade estava vazia.. la ficamos por uma esplanada e regressamos a casa.

Havia que ir dormir... mas a risota foi mais que muita antes de dormir.. devido ao cansaço deveriamos estar a alucinar!!!

No dia seguinte acordamos cedo, havia que fazer check-out do Hostel e seguir viagem de novo ate Munique!!

Apenas tinhamos um objectivo, ir ver um Hotel em Bratislava feito de maneira estranha, so mesmo vendo.

Pedimos indicaçoes no hostel como la chegar e la fomos a descoberta. O calor era demais e estavamos a destilar, ainda por cima deram-nos as oindicaçoes erradas. Resolvemos entao fazer uma pausa para o pequeno-alomoço, afinal ainda nao tinhamos comido nada.

Mas afinal aquilo era um restaurante. E acabamos por almoçar.. uns beberam copazios de leite e outros começaram logo com a bela da Hells.

Ja reabastecidos la fomos procurar novamente o Hostel e seguimos viagem de regresso a Austria e posteriormente a Munique.

Com paragem para jantar em Salzburg.

Salzburgo (Áustria)
A CIDADE DE MOZART


Abrigada numa curva do rio Salzach e protegida pelas massas imponentes do Mönchsberg e do Kapuzinerberg, a cidade de Salzburgo revela-se uma das mais acolhedoras da Europa. Talvez, porque preservou ao longo dos séculos as suas características mais genuínas, grande parte do seu centro histórico e a memória e obra dos seus filhos mais ilustres, a começar pelo génio da música que foi Wolfgang Amadeus Mozart.

Salzburgo é um perfeito exemplo de uma cidade que "recusou crescer" em demasia, que soube resistir à tentação dos arranha-céus e, mais recentemente, dos centros comerciais de gosto duvidoso. Isto não quer dizer que tenha virado costas à modernidade. Muito pelo contrário. Optou claramente pela recuperação e manutenção do seu centro histórico, nomeadamente, no pós-2ª Guerra Mundial, quando teve de reconstruir a sua catedral (Dom), ferida na cúpula durante um bombardeamento aéreo, em Outubro de 1944.

Consagrada a São Rupert e São Virgílio, a catedral data do ano 1628 e é considerada pela sua imponência e riqueza de ornamentação do período barroco, um dos tesouros de toda a região germano-austríaca. Não é por acaso que Salzburgo é frequentemente apelidada de "Roma germânica", tal o número e diversidade de igrejas construídas no perímetro do seu centro histórico. Este último figura na lista do património mundial da UNESCO desde 1997.

Não muito longe da catedral, a velha abadia de São Pedro é, não somente, uma obra-prima do barroco como se distingue, no seu interior, pelo estilo rocócó. Já a vizinha igreja de S. Francisco denota um exterior puramente gótico, enquanto o interior revela uma interessante decoração mais característica do barroco. Em Novembro último, esta igreja festejou a consagração do seu novo orgão com uma série de concertos reunindo obras dos períodos clássico e romântico (Beethoven, Liszt, Boely, Brahms, etc...), que atraíram dezenas de forasteiros e habitantes locais.


Como o cansaço era mais que muito, a paragem em Salzburgo foi mesmo so para jantar, mal vimos a cidade. havemos de la voltar.

O fim de semana foi cansativo, muito mesmo, mas valeu muito a pena!!!

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